Expedição Fortaleza – São Luís, dia 10

24/05/2019

As dunas são lindas de se ver, lagoas, por do sol no horizonte, areia voando… Aliás, muita areia voando! No caiaque, na mochila, na barraca… Por qualquer fresta ela entra. Até que consegui fazer a janta sem estar crocante.

 

Vento bom pela manhã e as 9 cheguei na Barra das Melancieiras, no final da ilha do caju. Descobri ontem a noite, que o Google Maps funciona sem sinal e me ajudou a encontrar o furo (passagem) por dentro do mangue, pra cortar a ponta da ilha, que pelo jeito era bem rasa e com bancos de areia.

Saindo do mangue, deu pra ver Tutóia, mas como o vento estava de leste, resolvi seguir aberto, pra ver onde eu conseguia chegar. Fui contornando várias arrebentações no meio do mar, e em frente a Paulino Neves, tive que desviar a rota, pra sair de um banco quebrando ondas grandes.

Em 2000 fizemos com amigos o delta de barco, os pequenos e os grandes Lençóis caminhando. Minha surpresa foi encontrar um parque eólico nos pequenos Lençóis, teoricamente uma APA. Já estava cansado e o vento apertou pra uns 20 nós, deixando o mar “divertido”.

Tomei uma onda bem no focinho, que pareceu um tapa na cara. Pelo ângulo do vento, eu ia chegar no meio dos cataventos. Fui até aproximar da praia e resolvi arriscar chegar em Caburé, quase na foz do Rio preguiça, metendo remo com fé na água.

Energia chegando ao final, quando avistei o farol de Mandacaru, oba, estou perto! Aportei com ondas numa pousada que parecia vila abandonada de velho oeste. Achei o Léo, que fez um belo robalo na brasa, pra dormir feliz!

 

 

Começou o primeiro dia de chuva da viagem e choveu bem a noite. Armei a rede debaixo de um rancho de palha, que me fez armar o toldo, por que pingava por todo lado. No final foi uma noite bem dormida. Diazinho comprido, mas valeu o esforço. Amanhã devo ficar por aqui e dar uma volta por Mandacaru e Atins.

Provavelmente daqui até São Luís, não devo mais ter internet.

Continua no dia 11.