Expedição Fortaleza – São Luís, dia 7

24/05/2019

O mundo tá cada vez mais conectado… Não tem como fugir. Antigamente a gente fazia uma viagem dessas, tirava fotos e depois reunia os amigos num lugar, pra ver as fotos e vídeos, bater um papo… Hoje eu estou aqui, em Guriú, uma vila de pescadores, no mangue, de frente pra praia… com wi-fi, falando com a família com imagem e tudo!😁

 

 

A manhã foi quase sem vento, só suficiente pra deixar a vela armada. Um calor lascado. Parei antes de Camocim pra comer algo, mas com a maré descendo rápido, litoral muito raso e com pedras, logo ia ficar preso. Decidi fazer um lanche marítimo. Separei uvas, goiaba, maçã, queijo e botei no cockpit.

Apareceram 2 pescadores, que ficaram maravilhados com o caiaque: rapaz, mas é tão bonitinho, dizia um deles. Sentaram no caiaque, tiramos fotos, muito legal. Disseram que foi o acontecimento do dia! Parecia que tinham visto um ET (e na verdade é quase isso mesmo…😁)

 

 

Parei pra comer umas tirinhas de frango numa barraca da moda, em Maceió, com uns franceses e umas madames sentadas e pensei: vai sair caro!

Mas a comida aqui no Ceará é relativamente barata. Saiu R$ 14,00 a porção mais R$ 4,00 o coco (que geralmente é R$ 3,00). O caiaque ficou na beira d’água, lá longe… E como a maré sobe rápido, tive que sair correndo pra pegar o fujão.

Um monte de peixinhos no rasinho, saíam nadando por cima da água, quando eu me aproximava e saltavam as ondas. O vento aumentou e resolvi tocar pra frente. Passei por vários recifes marotos, à flor d’água, que podem fazer um bom estrago. Numa dessas zonas de pedras, tomei até umas ondas. O stress é saber se não tem pedra embaixo.

O final de dia é lindo, mas o problema é que como estou navegando pra oeste, o sol baixa bem na minha frente. Os óculos escuros polarizados, que ganhei do Canabrava da Arco e Flecha, foram essenciais. E de quebra, ainda flutuam!

Como estou sem relógio (outro que anda em extinção, com o smartphone), já acostumei com a posição do sol, para a hora de encostar. Por falar nisso, já tinha passado da hora… Apostei que ia ter algo depois da última ponta e acertei. Cheguei em Curimã as 5 da tarde.

Na passagem pela ponta ainda vi algo estranho, parecido com um boto, no meio das ondas. Seu Carlos falou que era um tubarão lixa, que fica naquela ponta. Povoado bem interessante, bem simples, mas tem uma represa de frente pra praia, pra comunidade nadar.

 

 

Pessoal muito simpático tb. Manoel me ofereceu a casa de um francês, que ele toma conta, mas eu preferi minha rede! As meninas da vila se juntam todo dia pra jogar futebol. Clube da Luluzinha! Os homens jogam no campo.

Aqui não pega celular, mas tem o Alan “Bill Gates”, que tem um computador com acesso a internet, que vai me dar uma mão. Vamos tentar dar um jeito no cartão da GoPro que encheu tb.

Continua no dia 8