Expedição Fortaleza – São Luís, dia 8

24/05/2019

Ontem à noite jantei no Carlos, um peixe serra excelente, mas como a mulher dele estava com o braço quebrado em Fortaleza, foi o peixe mais farinha. Depois fui com o Alan, o expert da internet em Curimã, tomar um sorvete na única vendinha que vendia sorvete. Arrumei a rede e desmaiei. De manhã ele arrumou um amigo pra trazer 2 pendrives pra descarregar as fotos da Go pro e deu pra formatar o cartão. Comprei pão do padeiro que vem de moto de Bitupitá e vai buzinando e acordando a vila toda. Aí tomei café com o Carlos, ficamos conversando sobre a cidade e suas particularidades.

 

Consegui sair com bem pouco vento, que estou vendo que é o padrão daqui em diante. O vento só começa às 11. O litoral é muito raso, com vários currais de peixe emendados uns nos outros, pra dentro do mar.

A baía de cajueiro do norte e Barra Grande são muito rasas e atravessei vários baixios quebrando onda e me despedi do Ceará. Entrei no Piauí… Barra grande é o lugar da moda aqui, mas resolvi passar reto, pela pouca profundidade. Dia chegando ao final e Luís Correia não chegava…

Vento aumentou e já estava meio de través e resolvi entrar na praia urbana de Atalaia, desembarcando com ondas, às 5 da tarde. Minha preocupação era achar um lugar seguro e encontrar um mercado pra fazer compras, a partir de amanhã, entro no delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses, provavelmente com menos sinal de telefone e vilas. Seu Medeiros, dono da barraca La-Rond há 44 anos, ficou maravilhado com a minha história.

A família toda trabalha na barraca, uma das mais organizadas da orla, já falou onde armar a rede, já mandou fazer um prato de comida ,senha do wifi e ficamos conversando. Paulo, seu genro, se ofereceu pra me levar no mercado. Pessoal gente boa demais! Ele tem uns projetos sociais, inclusive um time de futebol de anões, os gigantes do norte. Ficou curioso? Dá uma gugada!

Continua no dia 9.